terça-feira, 25 de junho de 2013

O PAPEL DO FORMADOR





Quanto à posição do formador neste paradigma de Aprendizagem de Adultos, espera-se uma atitude diferente do professor tradicional, de reprodução de saberes e conteúdos. Este modelo a aprendizagem será um caminho de descoberta na colaboração, em comunidade de aprendizagem, da qual se espera que todos saiam enriquecidos: formandos e formadores.
Também os conteúdos abrangem um largo espetro, de componente interdisciplinar ou mesmo transdisciplinar.
Os métodos  são igualmente diferentes e tendem a cativar e ir ao encontro das expetativas dos formandos.A formação quer-se ativa e interativa, cativante, motivadora para formandos  com uma multiplicidade de perfis e de experiências ou percursos de vida.
O formador não será mais a tal «sumidade» detentora do saber; o seu papel é de facilitador do processo de aprendizagem do adulto, de um «acompanhador» do processo ; será um orientador, mas também um impulsionador , ao «espicaçar» o formando para outras realidades, outras formas de ver e por vezes também um transmissor do que os formandos não puderam ou querem saber, fornecendo «pistas» e material para colmatar eventuais falhas na formação de base.
De referir a importância do reforço positivo, especialmente com públicos em situação mais difícil ou menor escolaridade ( e menor autoconfiança e autoestima) e à empatia estabelecida, para que a motivação intríseca permaneça ou a extrínseca não se torne uma «violência». Será um «guia» interveniente, nesta «abertura ao mundo» do formando.

Ora isto é difícil, muito difícil. Se Knowles traçou um perfil de «superformando» (Quintas), não se ambicionará aqui um «superformador»? Pela abrangência dos currículos e pelo que deixam em aberto ( o que também pode funcionar como um estímulo).Porque nem todos os formandos têm igual capacidade de reflexão, de motivação e de exercício de autonomia. Porque é preciso  diretivas, pontos de partida e porque a aprendizagem requer gosto e (na minha opinião) esforço e trabalho.Porque a aprendizagem dialógica nem sempre é um campo fácil e agradável de percorrer.


Mas é igualmente uma atividade muito compensadora do ponto de vista humano, tendo em atenção os seus limites: o formador não é psicoterapeuta e não pode lidar com certo tipo de questões específicas. O seu papel restringe-se ao de «guia» para a aquisição de conhecimentos e facilitador do tal desenvolvimento/tranformativo do adulto e para a sua felicidade ao conseguir atingir novas metas e deixar, pelo menos, entrever, novos horizontes.
Eu.

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