Quanto à posição
do formador neste paradigma de Aprendizagem de Adultos, espera-se uma atitude
diferente do professor tradicional, de reprodução de saberes e conteúdos. Este
modelo a aprendizagem será um caminho de descoberta na colaboração, em
comunidade de aprendizagem, da qual se espera que todos saiam enriquecidos:
formandos e formadores.
Também os
conteúdos abrangem um largo espetro, de componente interdisciplinar ou mesmo
transdisciplinar.
Os métodos são igualmente diferentes e tendem a cativar
e ir ao encontro das expetativas dos formandos.A formação quer-se ativa e
interativa, cativante, motivadora para formandos com uma multiplicidade de perfis e de
experiências ou percursos de vida.
O formador não
será mais a tal «sumidade» detentora do saber; o seu papel é de facilitador do
processo de aprendizagem do adulto, de um «acompanhador» do processo ; será um orientador, mas também um impulsionador , ao
«espicaçar» o formando para outras realidades, outras formas de ver e por vezes
também um transmissor do que os formandos não puderam ou querem saber,
fornecendo «pistas» e material para colmatar eventuais falhas na formação de
base.
De referir a
importância do reforço positivo, especialmente com públicos em situação mais
difícil ou menor escolaridade ( e menor autoconfiança e autoestima) e à empatia
estabelecida, para que a motivação intríseca permaneça ou a extrínseca não se
torne uma «violência». Será um «guia» interveniente, nesta «abertura ao mundo»
do formando.
Ora isto é
difícil, muito difícil. Se Knowles traçou um perfil de «superformando»
(Quintas), não se ambicionará aqui um «superformador»? Pela abrangência dos
currículos e pelo que deixam em aberto ( o que também pode funcionar como um
estímulo).Porque nem todos os formandos têm igual capacidade de reflexão, de
motivação e de exercício de autonomia. Porque é preciso diretivas, pontos de partida e porque a
aprendizagem requer gosto e (na minha opinião) esforço e trabalho.Porque a
aprendizagem dialógica nem sempre é um campo fácil e agradável de percorrer.
Mas é igualmente
uma atividade muito compensadora do ponto de vista humano, tendo em atenção os
seus limites: o formador não é psicoterapeuta e não pode lidar com certo tipo
de questões específicas. O seu papel restringe-se ao de «guia» para a aquisição
de conhecimentos e facilitador do tal desenvolvimento/tranformativo do adulto e
para a sua felicidade ao conseguir atingir novas metas e deixar, pelo menos,
entrever, novos horizontes.
Eu.
Eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário