Ainda em relação
ao interessante conceito do «Efeito S. Mateus» (segundo o conceito do sociólogo americano Robert Merton segundo o versículo “porque a todo aquele que tem, será dado e dado em abundância; ao passo que ao que não tem, ainda o que tem lhe será tirado” Mt., XXV, 29), penso que corresponde a uma
grande parte da realidade da Aprendizagem ao Longo da Vida: quem mais aprende,
mais quer aprender e mais e melhores meios de aprendizagem procura, quer no
meio formal ou informal e a título voluntário. São estas pessoas que ingressam
em atividades culturais de ambos os tipos, tuteladas por instituições ou
criadas pela sociedade civil e comunidade. Estas pessoas têm facilidade em
reconfigurar trajetos e percursos, enveredando por novas vias que conferem um
novo significado e valência às suas vidas. São estas o público para formatos de
divulgação de saber variados, que vão desde uma comunidade de leitores a uma
conferência ou seminário.
A formação
propriamente dita, de teor técnico, ou com um teor de equiparação à
escolarização,tutelada por organismos públicos ou parcerias, dirige-se, no
nosso país, a segmentos da população específicos: os que detêm menor nível de
escolaridade e os desempregados, este últimos «compelidos/motivados»
externamente. É evidente que é necessário captá-los e motivá-los, podendo esta
ser uma forma de veicular o gosto pelo aprender.Contudo, pecará pela sua tónica
profissionalizante e teor economicista, dirigido a um hipotético mercado de
trabalho e aquisição de competências profissionais. Visão que terá a sua
utilidade, mas restringe os contextos de atuação e direciona a educação de
Adultos.
Eu.
Eu.
Sem comentários:
Enviar um comentário