Consultando o site indicado, a sua proposta
académica/informal, de alcance social ( inspirada em Paulo Freire) pareceu-me bastante interessante, embora um pouco direcionada
politicamente (mas se calhar não é o momento para sermos «apolíticos»). Dois
aspetos suscitaram-me particular atenção e passo a citar:
«(...) uma das questões cruciais é a distinção e a relação
epistemológica entre o conhecimento formalizado e codificado, característico da
academia e outras formas de conhecimento e de produção do mesmo – por exemplo,
o conhecimento incorporado em linguagens e tradições indígenas, o conhecimento
que deriva da experiência de vida e o “conhecimento vindo de baixo” de povos
explorados, oprimidos e marginalizados. Alguns argumentam que um processo
genuinamente democrático e deliberativo deve basear-se num diálogo entre estes
saberes (...)»,o que também considero: educação para o povo e valorização
dos saberes populares de grande valor, em perigo de serem cilindrados pela
globalização e lógica de vida atual.
Outro aspeto:
«Uma vez que o papel do Estado muda, novos espaços para a
educação popular se revelam na relação reconfigurada entre o Estado, o mercado
e a sociedade civil. Esta situação representa uma oportunidade para ocupar espaços
criados pelas contradições e pelos resultados indesejados das políticas.
Frequentemente, a educação popular intervém nestes hiatos criados entre as
intenções e os resultados da política. »
Considero que este momento é propício a este género de atitudes:
revela a tal autonomia tão importante na conceção da Aprendizagem ao Longo da
Vida. Ocupemos os tais «espaços em aberto/falta».
Eu.
Excertos do texto da página: «A Rede Internacional de
Educação Popular: finalidades e contributos»,
Jim Crowther (Universidade de Edimburgo, Escócia, Reino
Unido),Tradução da Paula Guimarães disponível no link indicado acima
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