domingo, 21 de julho de 2013

Reflexão Final

Acabada que é esta ação de formação, impõe-se uma reflexão final, no sentido, tantas vezes referido de uma metacognição, sobre o meu desempenho no processo.
Sendo a minha área a História,  e as Ciências da Educação um território muito pouco desbravado por mim, foi-me difícil a apropriação de conceitos e modelos teóricos referidos nos textos. Talvez por isso, foram eles o meu «ponto de apoio» e restringi-me à sua análise, não extravasando os seus limites. Por tal tentei assimilar os seus conteúdos em sínteses, talvez não muito sintéticas, que acabei por «postar» nas discussões do fórum, o que não seria o desejável, mas foi a minha estratégia possível para me inserir no espaço de discussão com os colegas. A partir desses resumos era-me mais fácil refletir e «oferecer» outras participações.
Penso que as discussões foram profícuas, com muitos contributos trazidos pelos colegas e sempre bem moderadas/esclarecidas pela Dr.ª Rita Barros.
Também o blogue presente enferma do mesmo mal: aqui «postei» as minhas tentativas de síntese e os contributos dos colegas e da formadora, tentando sistematizar os dados da discussão e trazer alguns dados complementares através de links disponibilizados. No fundo, uma sistematização e um «quadro» do que se passava nos fóruns de discussão. Talvez não fosse esse o objetivo...ou talvez as reflexões de maior alcance coubessem aqui e não nos fóruns.
De facto, em território desconhecido e em tempo limitado, tentei não perder o pé, correndo o risco da repetição de conteúdos.
Seja como for, o meu entendimento dos conceitos de base, da evolução do ensino de adultos, dos pressupostos e modelos teóricos, do papel do adulto aprendente e do formador/agente da aprendizagem, da sua aplicação prática, com sucessos e limitações e finalmente dos diferentes projetos e práticas neste campo, saiu grandemente enriquecido. A minha visão é já outra. E concluindo, sublinho que, embora tudo tenha sido importante, valorizo a conceção  da Aprendizagem de Adultos como um processo integrador, dinâmico, holístico, interrelacionado com o desenvolvimento local e até global, além do pessoal, para lá da mera aceção economicista e profissionalizante  ou de equiparação a currículos académicos a que estamos habituados. No fundo, o ensino e aprendizagem de adultos não se limita a uma soma de novas competências; mas poderá constituir um novo modelo, mais vasto, de prática de cidadania e de atuação da sociedade civil, num paradigma mais humano e generoso onde cabe a esperança, o que é quase tudo nos dias que correm... Entretanto aguarda-nos o restante verão...

Projetos Educativos no Espaço Museológico



Sobre o Seminário "Serviços educativos em espaços culturais"

«Os serviços educativos vão para além do trabalho com as escolas e das visitas guiadas; os serviços educativos não pretendem substituir o papel da escola, o museu pode e deve ser um espaço para a educação não formal; Para além disso, a educação museal pode significar: campo de experimentação; espaço de negociação e comunicação; espaço de criatividade e inovação; espaço de conexão e intersecção do lazer e da educação; proporcionar prazer e sentido lúdico; espaço que promove a diversidade cultural e uma abordagem plural; espaço para a participação das pessoas; espaço de intervenção social; espaços de mediação e construção partilhada de saberes e experiências; mediação que vai para além da transmissão e que promove a construção de conhecimentos; espaço de relevância; espaço dinamizador; espaço para dar lugar a experiências significativas; deve promover iniciativas relevantes; proporcionar qualidade da experiência; espaço para a educação artística; espaço para a activação das memórias e promoção de diálogos; incluir projectos de proximidade; programar com as crianças; estabelecer pontes com as comunidades; os serviços educativos devem trabalhar com públicos dos 0 aos 99 anos; é essencial acreditar no trabalho educativo que se faz, saber afirmá-lo, conhecer aprofundadamente o objecto de estudo do trabalho educativo (ex. colecção, artista), conhecer os públicos, nomeadamente as suas motivações e as suas realidades sócio-culturais e por sua vez escolher a programação em função das suas necessidades; premissas para o trabalho educativo: o território como ponto de partida e da comunidade local ao alargamento; é preciso partilhar com os públicos os objectivos e a missão do trabalho educativo; a importância da definição da missão de cada serviço educativo; espaço para pensar, fazer e participar, ou seja todas as formas de aprender são essenciais para as competências da vida, o trabalho educativo nos museus deve reflectir esta filosofia; todos têm talentos, competências e cabe ao educador identificar estas valências e neste sentido o serviço educativo pode ser um espaço para encontrar esses talentos; espaço para construir, descobrir, aprender e criar; trabalhar/colaborar com outras instituições no espaço físico do museu (interior e exterior) e também fora do museu; é preciso mudar o conceito de educação no museu, no sentido em que se reclama que a educação deve ir para além da tradução do olhar; é preciso não infantilizar os públicos; é necessário elaborar estratégias a longo prazo que tenham em conta as especificidades de cada museu, respectivo enquadramento no meio e comunidade onde se insere e, assim, definir uma metodologia adequada; é necessário avaliar o impacto das estratégias desenvolvidas; todos os programas e projectos desenvolvidos e experimentados devem ser objecto de avaliação; é necessário estabelecer critérios de avaliação e publicar os resultados obtidos; implementar a seguinte filosofia: “concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”(...)»,


pela autora do blogue «No Mundo dos Museus», Ana Carvalho em 4/02/2010
http://nomundodosmuseus.hypotheses.org/2594




Projetos educativos: Voluntários da Leitura


Portal Voluntários de Leitura




«Este portal, lançado pelo CITI – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, visa criar instrumentos de apoio a todo o tipo de voluntariado que incida na promoção da leitura e realizar investigação sobre o impacto do voluntariado na promoção da literacia e no desenvolvimento social.»
http://www.voluntariosdaleitura.org/

Esta iniciativa dirige-se especialmente a crianças, mas porque não alargar o seu âmbito e contribuir para uma maior e melhor literacia entre os adultos?





Projetos de Desenvolvimento Local







«Entidade privada de interesse público e sem fins lucrativos, a MINHA TERRA – Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local foi constituída no ano 2000, por iniciativa de um grupo alargado de Associações de Desenvolvimento Local (ADL), institucionalizando uma rede que se consolidava, desde há alguns anos, sob o denominador comum da convergência de objectivos, do diálogo, da partilha e de um vasto trabalho conjunto no desenho e implementação de soluções e intervenções em prol do desenvolvimento dos espaços rurais nacionais.» http://www.minhaterra.pt/spip.php?rubrique2

Anim@Te – Animação para o Desenvolvimento Territorial
«O Projecto Anim@Te, desenvolvido no âmbito da Iniciativa Comunitária Equal, visa contribuir para o aprofundamento da reflexão e produção de conhecimento sobre o papel, as formas e a importância da animação nos processos de desenvolvimento territorial e tem vindo a realizar um conjunto de iniciativas dedicadas a esta temática desde Abril de 2008.


Este projecto resulta do trabalho de reflexão, em Rede Temática / Comunidade de Prática, de um conjunto de entidades que durante dois anos, desenvolveram projectos de Animação Territorial no terreno (no âmbito da Iniciativa Equal).»


PROVE - Promover e Vender
«O projecto PROVE – Promover e Vender, desenvolvido no âmbito da Iniciativa Comunitária EQUAL, pretendeu desenvolver e testar um sistema de comercialização de proximidade de produtos agrícolas. Numa primeira fase a parceria do projecto trabalhou com um grupo de pequenos produtores dos concelhos de Palmela e Sesimbra, para melhorar o escoamento das suas produções. Face aos resultados alcançados, esta experiência tem vindo a ser replicada noutros territórios.»

Projeto Europeu de Educação de Adultos: Histórias Comuns da Europa


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«Achei interessante a implementação deste projeto de divulgação das boas práticas em educação de adultos e a forma como ele próprio foi concebido, com vários recursos, dos quais se destaca o stortelling, ou seja a arte de contar histórias, atividade esta que promove a transmissão de conhecimento intergeracional, e o reforço de uma identidade cultural comum aos vários países participantes. Trata-se então reativar e reaproveitar conhecimentos a nível de um coletivo (...). Este projeto tem ainda como objetivo essencial a promoção do envelhecimento ativo o que se coaduna com o propósito da Aprendizagem ao Longo da Vida.O “Histórias Comuns da Europa” teve o seu início em agosto de 2012 e durará até julho de 2014. »

Projetos Educativos:Programa Brasileiro de Formação do Jovem Artesão



«O Programa de Formação do Jovem Artesão é uma ação de inclusão social e cultural, realizada pelo Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco e o Movimento Pró-Criança, em parceria com o Grupo Faço Arte no Museu. O Programa oferece oficinas de artes plásticas e arte popular gratuitas para jovens de baixa renda, proporcionando a vivência com práticas e atividades artísticas dentro de Instituições culturais e sociais.»

http://www.fundaj.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=253&Itemid=238

«(...) Este é um projeto educativo bastante interessante, por permitir o contacto com a prática artesanal (em Portugal seria o caso de recuperar o artesanato, uma vez que muitos ofícios tendem a desaparecer por não terem continuidade por parte das gerações mais novas), por procurar melhorar as condições económicas desfavorecidas em que vivem os formandos e as suas famílias e por gerar emprego a partir da atividade artesanal. Apesar de ser dirigido a jovens, julgo que um projeto desta natureza pode também ser destinado a adultos.»
Por Ana António , 12 de Julho

Escolas Profissionais e Projetos Educativos



«(...) o artigo do Engº Luís Presa, Presidente da ANESPO- Associação Nacional de Escolas Profissionais “Tempo de Pensar e Reprensar os Projetos Educativos” em que [se]destaca a forte ligação aos dos projetos educativos das escolas aos contextos locais e regionais, mais concretamente ao tecido económico e social onde se desenvolvem as atividades. O Engº Luis Presa prossegue o seu discurso evidenciando os aspetos positivos e as mais valias das Escolas Profissionais nomeadamente o envolvimento de vários agentes e instituições da sociedade civil, a oferta formativa diversificada para jovens e adultos, o que se repercutiu na coerência e eficácia das Escolas numa lógica de maximização dos recursos educativos, o que “coloca as Escolas Profissionais na senda dos projetos mais consistentes e inovadores, um verdadeiro referencial de boas práticas”. Tal resultou na proposta à Agencia Nacional para a Qualificação da conceção do Guião dos Projetos Educativos no Protocolo de Cooperação, subscrito em 2009, sendo este documento validado pela ANQ em 2011 e disponibilizado em vários suportes. Todavia, o Presidente da ANESPO salienta que: “não chega ter um guião para a elaboração dos projetos educativos. É preciso ter, agora, um olhar mais atento sobre as atuais políticas educativas, formativas e de certificação.
Neste sentido acrescenta ainda que :
“Os diversos intervenientes nos projetos educativos, quando pretendem fazer aprovar um instrumento de médio prazo, no seio da comunidade educativa e formativa, mesmo que os tempos sejam algo conturbados, devem ter a necessária clarividência para:
a )Fazer os projetos educativos de forma coerente com aquilo que são os diagnósticos de necessidades dos respetivos territórios;
b) Responder às necessidades do tecido económico e social envolvente;
c) Ter em conta os interesses vocacionais dos jovens;
d) Prever uma forma de organização da formação exigente e uma avaliação em linha com os parâmetros científicos mais consistentes.
e) Permitir a adoção de práticas reflexivas assentes no pressuposto da melhoria contínua.
Os projetos educativos e formativos devem ser os faróis das Escolas. Devem indicar os caminhos. Apontar estratégias. Indicar metas.” Eu não podia estar mais de acordo com o propósito e intencionalidade dos projetos educativos, mas olhando à forma como o processo se vai desenrolando na prática o que aliás já foi referido aqui no fórum, penso que ainda algum caminho a percorrer neste sentido, mas pelo menos não percamos a esperança nem tais objetivos de vista.»


http://www.anuarioescolasprofissionais.com/
Por Ana António, 12 de Julho